Escalação
real da Copa
Minha seleção estaria
escalada assim: 1-Manifestação; 2 – Legado, 3 – Entorno, 4- Obra e 6 – Padrão
Fifa; 5 – Copa do Mundo, 8 – Política, 11 – Marketing e 10 – Estatística; 7 – Bruxa
e 9 – Hexa.
Fala-se que toda equipe de
Futebol deve começar por um bom goleiro e aí está: Manifestação vem treinando
forte desde a Copa das Confederações, chamando a atenção dos países para alguns
problemas crônicos do Brasil, mas é importante lembrar que não é somente a
forma como as coisas que envolvem a Copa aconteceram que estão erradas no país.
Na defesa, quatro jogadores
importantíssimos para a competição: na lateral direita, Legado está sendo muito
comentado pela mídia e até pelos populares. Sobre esse jogador aprendi uma
coisa com o mestre Sérgio Carvalho (durante a gravação do programa do
Laboratório de Mídia coordenado pelo professor Antônio Schmitz) que presenciou
a Olimpíada de Barcelona em 1992, o legado esportivo é uma ilusão, poderemos
contar com a parte física que ficou pronta até o início da Copa, o resto é
ficar na torcida.
Na zaga o jogador Entorno
tira o sono de muita gente. Principalmente em 12 lugares do Brasil, mais
precisamente no local dos estádios. Nos canais de televisão, dificilmente
aparecerão os defeitos das construções rápidas realizadas para que os jogos
aconteçam e os perigos que rondam os estádios. Na transmissão dos jogos
aparecerão os gramados e as arquibancadas que já estão nos lugares, limpos e
arrumados.
O outro zagueiro fecha uma
parceria incrível com o anterior, Obra é um dos jogadores de destaque desde o
anúncio do país-sede para a Copa de 2014, algumas para a própria Copa, outras
para a mobilização que na verdade já deviriam ser realizadas sem a Copa, mas
como estamos falando de um país de terceiro mundo...prosseguindo, no prazo
inicial não lembro de ouvir falar ou ver alguma que ficou pronta na data
marcada, mas estamos em um país de terceiro mundo...ainda sobre este jogador
ele continuará por aqui sempre chegando atrasado aos treinos, mas está ali,
afinal estamos em um país de terceiro mundo.
Na lateral esquerda,
fechando a defesa, escalaria o Padrão Fifa. Este jogador que é o responsável
por alguns outros estarem escalados, praticamente um líder em campo. Exigências
atrás de exigências vêm torrando o dinheiro público para que os virginianos de
plantão da Fifa possam dormir sossegados fugindo de algumas características
marcantes do Futebol no estádios brasileiros.
No meio campo uma dupla de
volantes, Copa do Mundo e Política, que vem trabalhando bem (ainda não sei para
quem) desde o início. O evento poderá servir para manutenção de cargos
políticos ou para perda deles dependendo do ponto de vista e dos resultados da
competição. A partir da escolha do Brasil como sede da Copa os discursos
dobraram, triplicaram e até quadruplicaram, acreditem, mas as ações não
aumentaram nas mesmas proporções. Ah! Os cargos aumentaram nas mesmas
proporções.
O terceiro homem do meio
campo, Marketing, é estrangeiro naturalizado, mas faz uma ligação importante
entre a parte defensiva (burocrática) e ofensiva (prática). Investimentos
gigantescos em um evento dessa magnitude deverão ter um bom retorno para as grandes
marcas devido a grande exposição positiva realizada pelos meios de
comunicação. O problema é que esse
jogador é bipolar e o Marketing do país com relação ao mundo não está saindo
como o esperado e os meios de comunicação dos países que estarão presentes na
Copa não estão perdoando a falta de comprometimento com a realização do evento.
O último do meio campo,
Estatística, já é um jogador mais prático e está realmente envolvido na
competição e nos jogos. Também é verdade que Estatística, dificilmente poderá
decidir uma partida, mas ajuda muito na parte tática da equipe para enfrentar
os adversários do Brasil que entrarão em campo.
No ataque uma dupla que deve
jogar bem separada em campo. Pelo lado direito a, infinitamente comentada,
Bruxa que antes da competição começar é muito especulada, falada e está em
todas as mesas redondas, mas durante e principalmente depois, dificilmente é
lembrada por alguém ou é notada sua ausência.
Fechando a escalação, o
Hexa, jogador real, objetivo e muito prático. Não deixemos que a péssima
administração para a realização do evento e os vários problemas que existiram e
continuarão a existir mesmo sem a Copa, atrapalhem o sentimento que é torcer
pela Seleção Brasileira de Futebol, que é vibrar com um gol do jogador do seu
país. Aproveite a Copa, pois ela une uma nação, seja para torcer ou protestar,
lembre que ela acontece apenas a cada 4 anos e no nosso país só depois de 2050.
Enfim, proteste (se quiser),
revolte-se (se quiser), mas não deixe de curtir e se emocionar com os representantes
do seu país, eles não tem culpa das pessoas de má índole que estão envolvidas.
Autor: Professor Darlei Comin