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terça-feira, 17 de agosto de 2010

FUTEBOL E PAIXÃO

Deixo um pouco de lado assuntos de bastidores, detalhes, etc, pra falar da paixão que envolve o esporte, principalmente o futebol. Sentimento este regido pelo amor que cada torcedor sente pelo seu clube.
Gostaria de falar especialmente sobre o Internacional (talvez com alguma imparcialidade) e o momento de glória que esta entidade vive. Gostaria também, que você que não é torcedor desse time apreciasse esse texto imaginado o seu clube de preferência.
Cresci vendo o time que meu pai escolheu pra eu torcer (porque é assim que acontece na maioria dos casos) se arrastando pelas tabelas. Título do Campeonato Gaúcho era intensamente comemorado, pois se tratava do único título que o Inter estava sempre próximo de ganhar. Campeonato Brasileiro era um grande sonho uma vez que, classificavam-se 8 e estar entre esses já era um grande feito para um clube como o Internacional era. Copa do Brasil sempre acabava na 2 ª ou 3ª fase. Libertadores um sonho distante, cresci sonhando em ver meu time pelo menos disputar a competição. Mundial parecia um título que seria eternamente o trunfo do rival, não havia a menor possibilidade de estar lá ou ainda vencer.
Até que certo dia um novo presidente (na época em que se parecia que a “cartolagem” não era tão importante) apareceu dizendo o seguinte: “- Em poucos anos o Internacional vai virar um clube grande e vai conquistar os campeonatos mais importantes.” (Fernando Carvalho).
A partir de 2005 o clube começou a despontar nas competições. Em 2006 veio a tão sonhada disputa da Libertadores e o título tão desejado pela nação colorada que esperou todos esses anos por uma conquista continental. No mesmo ano a maior superação vencendo o Barcelona e fazendo jus ao nome virou um clube internacional, conseguindo o título Mundial que poucos anos antes era algo inimaginável.
Para conseguir tal êxito nos últimos 5 ou 6 anos, o clube passou por uma reformulação em todos os setores, incluindo a política do clube que, a partir da paixão demonstrada pelo torcedor colorado começou a seguir a seguinte linha de raciocínio: podemos contratar excelentes jogadores, independente do salário, que o torcedor, com sua contribuição, irá “pagar”. Claro que não podemos deixar de lado detalhes como a estrutura de trabalho oferecida pelo clube aos profissionais e o grande potencial das categorias de base do clube.
Enfim, o Internacional finalmente virou clube grande, faz times que entram em competições pensando no título e não apenas pra cumprir tabela.
O sucesso do clube se deve também a grande paixão dos torcedores, que fazem da camisa vermelha a segunda pele, lotando o Beira-Rio sempre que preciso.
É chegada a hora de mais um desses momentos. Apenas 4 anos depois o Inter está novamente numa final de Libertadores. Com o segundo jogo em casa e a vitória fora no primeiro jogo, o Bicampeonato é eminente. E ainda já está em mais um Mundial.
Torna-se difícil descrever em palavras os sentimentos que tomam conta da nação colorada nesse momento. Só quem já viveu esse tipo de situação pode saber como a euforia se sobressai, como a emoção passa por cima da razão levando o espectador, o torcedor, o sócio, o “dono” do clube ao desatino.

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