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sábado, 10 de julho de 2010

A HEGEMONIA DAS MARCAS NA COPA

Uma Copa do Mundo à parte. O objetivo desse texto é expor algumas peculiaridades que envolvem a organização de uma Copa, os patrocinadores envolvidos, os fornecedores de material esportivo, o alto giro econômico dentro dos bastidores, etc.
Principalmente durante a Copa do Mundo onde as atenções do planeta estão voltadas para o evento, o esporte torna-se mais que um jogo e passa a ser um espetáculo esportivo, onde qualquer empresa quer ter seu nome divulgado durante a competição.
A temida bola, dessa vez intitulada Jabulani, é fornecida pela Adidas desde quando o objeto passou a ser industrializado. A “guerra” continua dentro da Seleção Brasileira onde há cerca de 10 patrocinadores para a seleção mais visada já que se trata da única Pentacampeã: Guaraná Antarctica, Vivo, Itaú, Seara, Nestlé, entre outras... e o fornecedor de material esportivo, a Nike. Aí começam as divergências já que atualmente os principais jogadores têm seu próprio patrocinador, o caso mais conhecido e recente fica por conta do jogador Kaká que é patrocinado pela Adidas e quando perguntado sobre a bola que vinha sendo altamente criticada antes do início da Copa, deu um sorriso e disse que “era boa”. Não poderia dizer outra coisa, pois se trata de seu patrocinador.
A industrialização do esporte está alcançando patamares nunca antes imaginados, por exemplo: a construção de um novo estádio que custa milhões. Parte do custo é pago por determinada empresa que leva o nome do estádio. É o caso do Emirates Stadium (estádio do Arsenal da Inglaterra) que é uma empresa de transporte aéreo e do Allianz Arena (Estádio do Bayern Munique da Alemanha) que é uma empresa de seguros. No Brasil o estádio do Atlético Paranaense também foi construído dessa forma, o Kyocera Arena.
Prossigo, agora falando sobre os últimos campões do Mundo, não sobre as seleções, mas sim sobre as empresas que fornecem o material esportivo. 1994 a Umbro (que atualmente pertence a Nike) com o Brasil, 1998 a Adidas com a França, 2002 a Nike novamente com o Brasil e 2006 a Puma com a Itália. Quatro diferentes marcas campeãs nas últimas Copas.
Essa disputa entre as principais marcas não fica só dentro de campo, a Nike é considerada a maior empresa do mundo no ramo esportivo, a Adidas é considerada a maior na Europa e como citado anteriormente patrocina a FIFA e a UEFA. A Puma, criada por um dos fundadores da Adidas vem num constante crescimento, principalmente depois que um jogador em 1970 usava chuteira dessa marca, nada menos que Pelé. A partir daí a ascendência da marca não parou passando também pelos pés de Maradona, atualmente Marta (melhor jogadora de Futebol) é patrocinada pela empresa. A marca conta ainda com um grande potencial fora dos gramados levando seu nome com Usain Bolt e as principais equipes da Fórmula 1. A Umbro, maior empresa do Reino Unido atualmente pertence à Nike e só tem força pois fornece material para Inglaterra, considerada ainda uma das potências.
Voltando para a Copa atual: a Adidas levou 12 seleções para o Mundial contra 9 da Nike, 7 da Puma, 1 da Umbro, 1 da Joma e mais 2 marcas desconhecidas completam as 32 seleções. Num pequeno resumo do que aconteceu nos confrontos até aqui (antes da final), a Adidas leva ligeira vantagem contra Puma, 5 a 3 e a Nike leva vantagem contra as duas, também 5 a 3 contra ambas, mas isso fica apenas no detalhe, o que vale mesmo é o título mundial.
Nessa Copa chegamos às quartas de final com o seguinte emparelhamento: de uma lado um confronto da Nike e um da Puma e do outro lado 4 seleções da Adidas, ou seja, já teríamos uma delas na final ou contra Puma ou contra Nike. Tal coincidência levou os críticos a levantarem a suspeita de que a Copa estava comprada, manipulação de resultado para que chegasse nesse ponto dessa forma. Prosseguindo então, chegamos à final entre Adidas x Nike. As duas maiores potências de marcas esportivas se enfrentando num duelo a parte. Uma delas vai retomar a hegemonia já que a atual campeã é a Puma. Esse é um tempero a mais no confronto final já que teremos um campeão inédito.

Um comentário:

  1. É irmão, mas uma vez deu Adidas. Mas essa guerra até é aceitável, o problema é quando as marcas escalam jogadores.
    Em 2006 não foi assim?
    De qualquer maneira, achar ruim podemos achar, mas não há muito o que fazer. É dar soco em ponta de faca.
    Abraço, muito bom teus textos. Bem didáticos.
    Te cuida

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